sábado, 31 de janeiro de 2009

Questões de Português - Vale uma Gramática DO PROFESSOR PASQUALE

Caros amigos concurseiros, meus alunos, conforme prometido em sala de aula, estou postando as 4 questões para serem feitas por todos que queiram participar desta promoção. O aluno que primeiro responder as questões ganhará uma gramática do professor Pasquale - nova edição.(de acordo com o novo acordo ortográfico).

O primeiro email que chegar com as respostas corretas vai ganhar a gramática. Vale lembrar que, para evitar o "chute', duas das quatro questões devem ser justificadas.

Obs. Não se esqueçam de mencionar no email de onde sou professor de vocês.

As respostas devem ser enviadas para o email: professornetofontenele@ymail.com

As questões são as seguintes:

1. As normas de concordância verbal estão inteiramente respeitadas na frase:

(A) Não basta que se critique as distorções dessa programação, é preciso que se saibam corrigi-las.

(B) Apenas 8% dos lares brasileiros ainda não conta com um aparelho de TV, a se darem crédito aos dados do Ibope.

(C) A qualidade dos inúmeros programas de TV destinados às crianças não alcança o nível que seria desejável, na opinião dos que o avaliam.

(D) Repercutem mal, junto aos educadores e psicólogos, o fato de que os critérios de avaliação dos programas são estritamente comerciais.

(E) Deveriam caber aos estudiosos acadêmicos interferirem mais diretamente na qualidade da produção dos programas infantis.

2. As normas de concordância verbal estão inteiramente respeitadas na frase:

(A) Não há nenhum absurdo em se aproximar uma olimpíada de uma missão espacial, pois ambas estimulam a pesquisa científica.

(B) Não houve nenhum, entre os limites já enfrentados, que representassem uma barreira definitiva.

(C) A primeira manifestação das competições de que derivam as modernas olimpíadas ocorreram na Grécia antiga.

(D) Atualmente, contam-se não apenas com os melhores atletas, mas com os mais avançados recursos tecnológicos.

(E) Os desafios que se deve enfrentar a cada olimpíada representa um esforço sempre maior.

3. A concordância está de acordo com a norma padrão, na frase:

(A) Tratam-se de opiniões diversas sobre um e outro campo, que marcaram o desenvolvimento da humanidade.

(B) São aspectos – seja da ciência, seja da religião – que ultrapassa nossa possibilidade de compreensão do universo.

(C) Há conceitos, derivados diretamente do Evangelho, que podem ser interpretados de maneira que os torne extremamente nocivos.

(D) Sabe-se que as pessoas temem as descobertas científicas, pois as vê como prejudiciais, muitas vezes, à humanidade.

(E) Mesmo os postulados da ciência podem trazer, embutido neles, ensinamentos muito próximos da dúvida e da tolerância.

4. A concordância deixa de seguir a norma padrão, na frase:

(A) Registram-se, hoje, nas famílias mais pobres, taxas de natalidade maiores que a média brasileira.

(B) O número de pobres cresce mais do que as possibilidades de geração de riqueza.

(C) As condições de pobreza são perpetuadas, num ciclo vicioso, pois não existem postos de trabalho suficientes.

(D) Muitos empregados foram beneficiados com as mudanças nas relações trabalhistas, melhorando as condições de vida.

(E) Com isso, cresceu as diferenças regionais entre o Sudeste e o Nordeste, região sujeita a um clima inóspito.

Boa sorte a todos os meus queridos alunos.

Grande abraço!! Só alegria!!!!
Prof. Neto Fontenele

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

VIM ou VIR?

Caros amigos concurseiros, estou escrevendo, por solicitação de vocês, acerca da diferença no uso das formas vir e vim. Espero que esclareça as dúvidas de todos.

Temos que esclarecer que podemos usar as duas formas, mas cada uma no seu devido lugar.
- VIM é o pretérito perfeito de "vir" na primeira pessoa do singular:
Exemplos:
Todas as vezes em que vim sem agasalho, fiquei resfriado.
Sempre vim à missa nesta igreja, como sabes.
Nem parece que vim mais tarde – ainda há pouca gente no salão.

Se meus queridos alunos perceberem, pode-se tirar o sujeito de cada uma das frases acima: Quem veio? R – EU. Portanto, o vim deve ser usado em primeira pessoa do verbo vir no pretérito perfeito do indicativo. Quando houver a dúvida vejam sempre se dá para colocar o eu antes. (Nesse caso não pode aparecer o “quando”, o que caracterizaria o futuro do subjuntivo do verbo ver, que deve ser escrito: quando eu VIR. Veja sobre esse caso no final desse artigo).

A forma vir, por sua vez, pode ser encontrada em algumas ocasiões:

1. VIR é infinitivo, que pode ser usado de diversas maneiras: junto a outros verbos, em locuções verbais, ou mesmo sozinho em frases como:
a. Vir bem trajado ao trabalho demonstra zelo. = Isso demonstra zelo.
b. Vir de bermudas não é proibido. = Isso não é proibido.
Percebam que nestas frases o verbo VIR está presente em sujeito oracional dos verbos demonstrar (demonstra) e ser (é) respectivamente.

2. Usem o infinitivo "vir" (no afirmativo ou negativo) depois de preposição:
Exemplos:
Ele tem a obrigação de vir cedo.
Os sobrinhos têm prazer em vir a nossa casa.
O ministro fez de tudo para vir ao Estado, mas teve que ficar em Brasília no fim de semana por causa de compromissos de última hora.
Sem dúvida, eles têm motivos para não vir aqui.
O Jô disse aos alunos que é para vir à aula amanhã. Mas nada de vir de chinelos!

3. Usem "vir" nas locuções verbais [verbo auxiliar + infinitivo]:
Podem vir!
Exemplos:
Os alunos devem vir uniformizados, alertou a diretora do colégio.
Não sei se os sobrinhos vão vir aqui nas próximas férias.
Os garis têm de/que vir recolher o lixo desta viela todas as noites.
Temos certeza de que agora vocês já sabem vir sozinhos.
Eu vou vir acompanhado, posso?

4. Vir agora é o futuro do subjuntivo do verbo Ver:Vejam o verbo VIR no pretérito perfeito do indicativo: eu vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram, assim o futuro do subjuntivo: quando vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.
Verbo VER, pretérito perfeito do indicativo: eu vi, tu viste, ele viu, nós vimos, vós vistes, eles viram. Então, o futuro do subjuntivo do verbo VER nasce do radical de “viste”, “vistes”, ou seja, vi + R (desinência do futuro do subjuntivo): VIR.
Quando eu vir, tu vires, ele vir, nós virmos, vós virdes, eles virem.
Exemplos:
Quando eu vir os resultados, darei minha decisão.
Quando eu vir as roupas, direi se compro.
Quando eu vir meu resultado, ficarei muito feliz.

Grandes amigos, espero ter solucionado todas as dúvidas.
Só alegria e sem medo de ser feliz!!!!

Professor Neto Fontenele

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

DICAS DE ESTUDO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Olá, meus queridos concurseiros,

Venho mais uma vez no meu blog "Português Comentado, para tratar agora de uma pergunta bastante requisitada por meus alunos que é: "-Professor, como faço para aprender Gramática?".
Li um excelente artigo do grande professor Rodrigo Bezerra tratando do mesmo assunto e decidi colocá-lo aqui para que vocês possam apreciar as dicas desse mestre.

Em primeiro lugar, quero avisar que não há milagres – ou o "cabra" senta e estuda, ou vai sempre "sofrer" com os assuntos da nossa língua. Sei que cada indivíduo possui facilidade para certas matérias mais do que para outras. Mas não existe conhecimento que não possa ser aprovisionado, apreendido, aprendido, conhecido e dominado. Por isso, se você é daqueles que dizem: "Essa matéria é muito difícil, é cheia de exceções; eu não suporto estudar português!", confesso que a missão será mais difícil. É preciso "quebrar essas barreiras" e partir para a luta. Reconhecer o problema – confesso – já é um passo importante. No mais, é sentar os glúteos e estudar.

Para você que está iniciando os estudos agora, para você que está com o "baú do conhecimento da nossa língua portuguesa" fechado há anos e não tem nem idéia do local onde se encontra a chave, para você que está com sérios problemas em português, sugiro que siga o roteiro abaixo:

1. Inicie seus estudos em morfologia.

Você primeiramente precisa conhecer os aspectos morfológicos de que se revestem os vocábulos da nossa língua. Precisa saber classificá-los adequadamente. Dê especial atenção às seguintes classes na seguinte ordem: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, verbo, advérbio, conjunção e preposição.
Lembre-se: você não precisa saber todos os detalhes, todas as minúcias. Ficar decorando todos os femininos e todos os coletivos de nossa língua é, sem dúvida, perda de tempo. Atenha-se às questões mais relevantes. Se precisar, busque o auxílio do seu professor/orientador.

Obviamente, dê atenção mais que especial para a "morfologia verbal". É um dos assuntos mais cobrados nas provas dos diversos institutos. Fique atento ao emprego dos tempos e dos modos verbais. Ademais, esteja atento aos paradigmas de conjugação de alguns verbos, como os verbos derivados e os defectivos, por exemplo.

Nesta parte da gramática normativa, é importante também que relembre o assunto "Estrutura e formação de palavras". Leia os principais radicais gregos e latinos e seus respectivos significados, mas de forma tranqüila. Sem a preocupação excessiva com a "decoreba". Apenas os leia; certamente seu cérebro aprovisionará os significados essenciais. Não se esqueça de estudar os mecanismos de formação das palavras.

2. Passe para o estudo da sintaxe

Aqui o seu desafio será maior. Você precisará raciocinar bastante. Boa parte das questões que envolvem gramática normativa sai dessa divisão da gramática. Portanto, estude com afinco esta área.
Inicie seus estudos pelo reconhecimento e classificação do sujeito. Concomitantemente você precisará estudar o assunto "predicação verbal". A seguir você deve estudar os seguintes assuntos ordenadamente (não altere a ordem, pois um é condição para o outro):

a) Estudo dos complementos verbais (objeto direto e objeto indireto);
b) Conversão de voz ativa em voz passiva e vice-versa;
c) Distinção entre o adjunto adnominal e o complemento nominal;
d) Estudo do verbo "haver";
e) Estudo do período composto: orações coordenadas sindéticas, orações subordinadas adverbiais e adjetivas. Leia a respeito das orações substantivas. Preocupe-se pouco com a nomenclatura (oração subordinada tal ou qual). Saiba, acima de tudo, empregar corretamente os conectivos subordinativos adverbiais e os conectivos coordenativos.
f) Estude a concordância verbal. (Se aqui você tiver dificuldades, sugiro que estude primeiramente o assunto "sintaxe de oração: o sujeito".)
g) Estude a concordância nominal;
h) Estude a regência verbal. Leia sobre a regência nominal. Estude o emprego dos pronomes relativos preposicionados;
i) Estude o emprego do acento grave – a crase, por ser um assunto derivado do assunto "regência".
j) Estude agora a colocação dos pronomes átonos dentro de uma oração.

3. Pontos finais do seu estudo

Depois de passar pela sintaxe, você poderá estudar outros assuntos. Estude a acentuação dos vocábulos e, depois, leia o capítulo sobre "ortografia". Por fim, estude o emprego dos principais sinais de pontuação, notadamente o uso da vírgula.

4. Interpretação de textos

Divida o tempo de estudo da gramática normativa com a resolução de questões que envolvam a interpretação de textos. A prática da interpretação ainda é o melhor caminho para se aprofundar a percepção para questões que exijam a compreensão textual.

5. Resolução de provas

Ao passo que estuda os assuntos, procure resolver exercícios que os abordem. Não importa se você está errando ou acertando (é bom que acerte, é claro). O importante aqui é estar em contato com a prática, com as provas já aplicadas. Procure, sempre que possível, resolver questões do instituto que elaborará o seu certame. É fundamental apreender o estilo da banca. Ficar atento aos assuntos mais cobrados e à forma como tais assuntos são cobrados também é essencial.

Com as dicas de Rodrigo Bezerra nas quais acredito, dá para aprender com entusiasmo o nosso idioma.

Um abraço e só alegria!!!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

DÚVIDAS DE MEUS ALUNOS

Olá, meus queridos alunos, volto ao blog para resolver algumas questões enviadas por email pelo aluno de Tianguá(um abraço a todos os meus alunos deTianguá) Leandro Damasceno.
O email foi o seguinte:

Professor... Por favor explique e resolva essas questões.

1. Da parte do Brasil, a disposição para o diálogo continuava, não eram necessários terceiros presentes na conversa. No trecho acima, terceiros e presentes classificam-se, respectivamente, como:
a) numeral e adjunto
b) substantivo e adjetivo
c) adjetivo e substantivo
d) numeral e substantivo
e) adjetivo e adjetivo

2.Em não se agride um parceiro, o termo grifado classifica-se como:

a) partícula apassivadora
b) índice de indeterminação do sujeito
c) pronome refletivo
d) parte integrante do verbo
e) conjunção integrante

3.Estão todos os países informados que o Brasil aceita qualquer desaforo e que, além de não reponder, promete ajuda ao país que o ofende.

Os casos grifados acima da ocorrência da palavra QUE classificam-se,respectivamente,como:

A)conjunção integrante-pronome relativo-conjunção integrante
b)pronome relativo-conjunção integrante-conjunção integrante
c)pronome relativo-pronome relativo-conjunção integrante
d)conjunção subordinada final-conjunção subordinada final-pronome relativo
e)conjunção integrante-conjunção integrante-pronome relativo

Obrigado!!!!

Vamos, então aos comentários:

Na primeira questão a frase: "Da parte do Brasil, a disposição para o diálogo continuava, não eram necessários terceiros presentes na conversa." está na ordem inversa. Colocando a segunda oração na ordem direta temos: Terceiros presentes na conversa não eram necessários. Percebam que o verbo eram necessários está no plural exatamente para concordar com terceiros, que neste caso é núcleo do sujeito (por esse motivo será classificado como substantivo), percebam também que presentes concorda nominalmente com terceiros sendo, portanto, adjunto adnominal.
Resposta correta letra: B

Na segunda questão temos: não se agride um parceiro. Nesse caso temos um verbo transitivo direto. E, conforme as explanações passadas, pode-se perceber que o "SE" é particula apassivadora. Dá para transformar a oração no seguinte: Um parceiro não é agredido.
Portanto, resposta correta: A.

Na terceira, temos: "Estão todos os países informados que o Brasil aceita qualquer desaforo e que, além de não reponder, promete ajuda ao país que o ofende." Podemos perceber que as orações: "...que o Brasil aceita qualquer desaforo e que promete ajuda ao país..." são complementos do verbo informar, portanto são orações subordinadas substantivas. Sabe-se que a palavra que, quando inicia oração subordinada substantiva, é classificada como conjunção integrante. Já em: "ao país que o ofende" esse que pode ser facilmente transformado em o qual, fazendo retomada anafórica da palavra país. Neste caso, temos um pronome relativo.
Portanto, resposta correta: E.

Tinha uma quarta questão que prometo analisar em breve. Grandes concurseiros, até a próxima. Se tiverem mais dúvidas, é só mandar que comento aos poucos. Grande abraço e SÓ ALEGRIA!!!!

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